Por trás das lentes do Elza, está Julliana Araújo. A profissional multidisciplinar exerce todo o seu talento como diretora criativa, como fundadora da joalheria Arco, e também DJ. Apaixonada por música e carnaval desde a infância, conta como a herança cultural é importante na formação de repertório.
“A minha família, principalmente por parte materna é toda do Samba e do Disco, então eu trago essa referência muito comigo. minha mãe sempre amou Alcione, Donna Summer, e sempre fui muito presente para mim - eu lembro nitidamente da minha mãe ensinando minhas amigas a sambar. e meu pai sempre curtiu os sons mais densos, como o Punk e o Metal, além de sons haitianos, nigerianos (...)”, diz, apontando que essa é a essência da construção da sua sonoridade hoje: um House melódico que convida o público a um estado de transe e imersão.
Essa comunicação direta com o espectador, que é também participante ativo nessa cena, é especial à artista na medida que ela entende que a troca coletiva prospecta cultura, e ao fim do dia, seu maior desejo é que os artistas participem dessa relação de maneira próspera. Além disso, o lugar de contemplar a arte do outro e simultaneamente criar através da observação é um ponto importante no seu processo. Inspirada por diversas mulheres, de diversas idades e nacionalidades, Julliana menciona, dentre outros nomes, Coco Gauff, as irmãs Williams, Marta Supernova, Luiza Brasil, e Laís Amaral.